quarta-feira, 20 de junho de 2007

Para constar em relatório de conclusões: sobre saúde e condições locais para tratamentos

Por motivos técnicos, será necessário ter cuidado especial a propósito de política e patologia administrativa a ser superada

Enquanto tal não ocorre, em conclusão provisória sobre o assunto, cumpre anotar no relatório a respeito de Inconfidentes (MG): a cidade cercada pela calma, bucólica, belíssima e montanhosa paisagem circundante não será o melhor lugar do mundo para interessados em se tratar de Hepátite C.

A medicação (Interferon) utilizada para tratamento de longo prazo, de alto custo e a ser tomado em dias alternados, portanto fornecido exclusivamente em cotas mensais pela Secretaria da Saúde, é remédio importado. Deve ser mantido dentro de geladeira (temperatura entre 2 à 8 ºC). Porém, em Inconfidentes (MG) corre risco de ser inutilizado por vizinhança culturalmente bisbilhoteira por sobre vida alheia e, de hábitos invasivos sobre limites da propriedade - porém (ideológicamente) composta por correligionários de autoridade pública municipal.

Pois tais cidadãos sob presunção de ilibada representação em administração pública local e, certamente interessados em economizar custos de energia, poderão sentirem-se protegidos pelo poder político difuso e assomados à vontade para repentina e desastradamente, conforme julgarem necessário ao interesse próprio - localmente considerado legítimo - emendar ou desligar fios por sob telhados justapostos; e assim involuntariamente provocar curtos circuitos, desarmar disjuntores e finalmente desligar geladeiras. Ou se com emprego de melhor técnica, preferirem efetuar tal operação com mais segurança ao lembrarem-se de desligar disjuntor geral acessível pela rua. Porém, depois, lamentavelmente esquecerem de novamente religa-lo: para pelo menos evitar maiores prejuízos internos - para além do tempo necessário à essa simples e melhor sucedida operação: ligar ou desconectar sistemas elétricos justapostos.

Pois pode ocorrer o pior: certamente depois de jogarem-se fora meses de remédios preventiva e cuidadosamente estocados, ocorre a possibilidade de invertem-se os papeis. O elemento causador, depois, assumido perante o poder político local vira "vitima"; embora para confirmar fotos indubitáveis da própria Polícia Técnica e a dispensarem legendas, mostrem táboas (justificaveis no local para não quebrar ao se pisarem diretamente sobre telhas) e, pontas de fio a visivelmente sairem da parede do imóvel em direção ao telhado vizinho (foto).

Pois apesar de tudo o poder político local empenha-se em negar a evidência técnica para ao fim, magoada, administrativamente advogar o altissonante "nunca houve gato" - na surpreendente esperança de tal alegação ser enfim acolhida pela Justiça.

Salvo pelo melhor entendimento do Ministério Público diante de caso fortuito em afastamento à possiblidade de se prosseguir em Juízo, pelo observado tudo ocorre não obstante o risco médico do tratamento ser interrompido: porque na condição da casa estar vazia, a geladeira, cuidadosamente sempre mantida ligada, pode deixar de cumprir seu papel - exatamente enquanto o portador do virus da Hepatite C e acompanhantes ausentarem-se para fazer exames em cidades próximas. E dias depois ser surpreendido na volta por encontrar o disjuntor da entrada desligado de modo estranho. E ainda notar, tempos após ao corrigir goteiras, a série de telhas quebradas e pontas de fios desconectadas a emergirem do imovel vizinho. E adrede, notar o local: apropriadamente escondido.

Como primeira conclusão (provisória) sobre o assunto: embora a hepatite C não seja doença contagiosa (senão pelo contacto com sangue contaminado) por motivos técnicos não se recomenda Inconfidentes (MG) para quem tiver necessidade de melhor política administrativa e de saúde para assegurar tratamento químio-terápico dessa natureza.

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